terça-feira, 11 de agosto de 2009

PORTUGUÊS L2

Dadas as contingências da emigração portuguesa (principalmente da década de 60) e do actual panorama da imigração, principalmente, desde os países de leste, do Brasil e dos PALOP, tem havido um aprofundamento das relações da escola com esses novos alunos. Se, por um lado, os filhos de emigrantes trazem algum conhecimento de base do Português Europeu no momento do regresso a casa, pois não houve (na maior parte dos casos) um corte radical com a cultura e a língua do pais natal, e se, por outro lado, os actuais imigrantes demonstram vontade de integração total num novo país e numa nova cultura, é certo que existem problemas de integração que devem ser acautelados no momento de receber esses novos alunos.
O reconhecimento desta multiculturalidade linguística dentro das escolas portuguesas e a vontade de integrar os falantes nativos de outras línguas levou o Ministério da Educação a definir actividades de apoio para estes estudantes, que estão já, paulatinamente, a ser integradas e testadas em escolas-piloto (principalmente na região de Lisboa).
Na constatação de que este é um problema que em breve vai atingir com proporções desconhecidas todo o sistema escolar nacional e que dentro das paredes da Ensiguarda encontramos já alguns alunos que se encontram nesta situação (descendentes de emigrantes em França e alunos Brasileiros), propomos o desenvolvimento de actividades que colmatem as dificuldades que estes alunos apresentam na abordagem do Português L1, preparando já um esquema escolar que prime pela diferença na recepção de potenciais alunos que se apresentem na mesma ou em situação mais diferenciada.